A Verdade Sobre o Dízimo Segundo o Novo Testamento

O dízimo no Novo Testamento é um tema que gera debates nas igrejas. Muitos conhecem a prática do Antigo Testamento de entregar 10% da renda a Deus, mas na Nova Aliança surge a dúvida: o cristão ainda é obrigado a dizimar? Como fica o dízimo na graça? Vamos explorar o que o Novo Testamento ensina sobre ofertas e contribuições, trazendo clareza bíblica sobre generosidade bíblica e finanças na igreja, sem mitos ou pressão.

Origem e Contexto do Dízimo

No Antigo Testamento, o dízimo era parte da Lei de Israel: 10% dos produtos do campo e rebanhos sustentavam os levitas e obras assistenciais. Esse sistema fazia parte de um contexto teocrático, sob a Antiga Aliança. No Novo Testamento, vivemos na Nova Aliança, baseada na graça, não na Lei. Isso não anula os princípios do AT, mas os reinterpreta à luz de Cristo. Então, como o dízimo na graça se aplica hoje?

Jesus Falou Sobre Dízimo?

Sim, mas em contextos específicos. Em Mateus 23:23, Jesus critica os fariseus que dizimavam até as mínimas ervas, mas negligenciavam justiça, misericórdia e fé. Ele diz: “Vocês deveriam praticar estas coisas, sem omitir aquelas.” Note que Jesus falava a judeus ainda sob a Lei, antes da cruz. Seu foco não era instituir o dízimo no Novo Testamento, mas condenar a hipocrisia de quem dá 10% e ignora o amor ao próximo.

A Prática da Igreja Primitiva

No livro de Atos e nas epístolas, não há mandamentos exigindo 10%. A igreja primitiva vivia a generosidade bíblica: compartilhavam bens e ofertavam conforme as necessidades (Atos 2:44-45). Paulo ensina em 2 Coríntios 9:7: “Cada um contribua conforme propôs em seu coração, não com tristeza ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.” Aqui não há percentual fixo, mas sim um chamado a contribuir espontaneamente, com proporcionalidade e alegria, para sustentar a obra de Deus e ajudar os necessitados.

E a Passagem de Malaquias?

Muitos citam Malaquias 3:10 (“Roubará o homem a Deus?”) para dizer que não dizimar traz maldição. Porém, essa mensagem era para Israel, sob a Lei. Na Nova Aliança, Cristo nos libertou da maldição da Lei (Gálatas 3:13). Não faz sentido pregar que um cristão fiel que não dá 10% estará amaldiçoado. A graça nos inspira a ser mais generosos que a Lei, mas movidos pelo amor, não pelo medo.

O Espírito do Dízimo na Graça

O princípio por trás do dízimo permanece: dedicar uma parte da renda para a obra de Deus e ao próximo. Os 10% podem ser uma referência, mas não uma “taxa” obrigatória. Muitos cristãos continuam a dizimar por devoção, enquanto outros contribuem acima ou abaixo disso, direcionando ofertas e contribuições a ministérios ou causas sociais. O Novo Testamento dá liberdade, desde que haja generosidade bíblica, proporcionalidade e coração sincero. Em 1 Coríntios 16:2, Paulo sugere separar uma oferta regularmente, conforme a prosperidade de cada um.

Transparência e Responsabilidade

O Novo Testamento também enfatiza a responsabilidade com as finanças na igreja. As ofertas eram manejadas com transparência (2 Coríntios 8:20-21). Hoje, saber que os recursos sustentam projetos do Reino (evangelismo, assistência social, sustento pastoral) nos motiva a doar. Infelizmente, há abusos – líderes que enriquecem às custas de fiéis, usando culpa para extorquir. Isso é uma distorção. O dar, na graça, deve ser movido por amor, não por ganância ou medo.

Conclusão: Generosidade na Graça

O dízimo no Novo Testamento não é uma obrigação legal, mas um chamado à generosidade bíblica. Se você sente no coração dar 10% ou mais, faça-o com alegria, como um ato de adoração. Mas não julgue quem contribui de forma diferente, nem se sinta condenado se não atingir esse percentual. Na graça, a medida da doação é o amor. Quem ama, doa – seja tempo, recursos ou talentos – com sinceridade. Deus supre nossas necessidades pela Sua graça, não por merecimento. Que suas ofertas e contribuições reflitam o amor de Cristo em você!

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